terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O espinho que consome meu ser

Somos justificados por Cristo, pela graça e imensidão de seu puro e sublime amor, que culminou em morte de Cruz, para que nossos pecados fossem perdoados, fato!

Mas não há como eu não ficar perplexo e revoltado com essa minha natureza pecaminosa, que em muitas vezes limita meu relacionamento com Deus, não da parte dele, mas da minha, pois me sinto envergonhado em sua presença, me sinto tão indigno, pois tenho sido tão ineficaz em minha luta constante para me desvencilhar desses espinhos que ainda me ferem, os desejos que ainda me dominam, os sentimentos que ainda me direcionam.

Desde que O conheci vivi experiências intensas e maravilhosas, algumas indescritíveis até, porém, mesmo em meio a isso, muitas vezes me pego já em meio ao pecado, e me entristeço, me sinto fracassado novamente, é desesperador, é como se cada parte de mim buscasse ir a uma direção, isso me confunde, me angustia.

Sei que quando entregamos nossas vidas ao Espirito Santo, as chances de isso acontecer são bem mais escassas, contudo, inúmeras vezes nos achamos autossuficientes e pegamos novamente as rédeas de nossas vidas, e quando nos damos conta, lá estamos novamente.

Na teoria é simples, na pratica é duro, ainda mais quando temos a consciência do tamanho do amor que Deus alimenta por cada um de nós, é impossível ficar passivo diante de algo assim, se conformar com uma situação dessas, eu quero muito me apresentar de uma forma diferente em Seu altar,

E por mais que o mundo, e até mesmo igrejas e lideres atuais qualificando os pecados atuais como contextualização não me convencem de que a única direção é a santificação, ou seja, separação gradativa e irrefutável do pecado.

Sei que a estatura de varão perfeito é quase utópica, mas não devo e não quero essa condição de estagnação em que estou.

Somente um relacionamento intimo com Deus, o qual anseio de todo o meu coração, é capaz de amenizar essa angustia, e a transformar em gozo e paz, mas de que forma? Como conseguir? A resposta é a mais simples e paradoxalmente mais complexa possível: a oração!

Muitos podem falar que o sabem e que o fazem, mas quem ora nos tempos de hoje como Elias orava? Perseverando e só sossegando ao Deus enviar fogo dos Céus e envergonhando os profetas de Baal e seu deus.

Ou como Ezequiel que enquanto os ossos secos daquele vale não se puseram de pé, com carne, ossos e articulações, e então com vida, não cessou suas orações ao Senhor.

Quem tem a ousadia de Moisés que mesmo após ver a sarça ardente, o mar se abrir, a aniquilação dos cavaleiros de faraó, dizer: “Senhor, quero ver tua face...”?

Eu quero mais de ti Senhor, Toca-me ou morrerei, pois a pior das mortes ainda é melhor do que uma vida sem a tua presença!

Rodrigo Silva de Almeida
rodrgo@live.com - www.facebook.com/rodrgosalmeida
Igreja Batista Renovada da Graça em VIla Bonilha, São Paulo -SP

2 comentários:

  1. é verdade mesmo, vivemos em um paradoxo,santos e pecadores, santos porque fomos recriados em Cristo como sua imagem , pecadores porque ainda vivemos em uma natureza carnal, que nos faz lutar todos os dias para vencer. e como vencer sempre? somente quando tivermos a conciencia e plena convicção de que, se ainda temos em nós a natureza do primeiro Adão ao mesmo tempo temos Parte de Deus, há uma natureza celestial em nós, somos meio terrenos e meio celestiais, e sempre, sempre o reino dos céus vencerá, se vivermos dessa forma, crendo com todo o entendimento que a parte de Deus que habita em nós nos faz ser como Ele é, nossa natureza carnal sempre perderá a batalha, mesmo que por um breve momento o vemos como que um espelho , uma imagem meio destorcida, mas chegará o dia em que o veremos como Ele é, e seremos como Ele é. anseio por este dia todo instante...

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